Multi-instrumentista Dani de Azevedo lança primeiro trabalho solo

O EP “sonhar como os antigos que olhavam pro mar” aposta na psicodelia nordestina

Fotografia: Anie Barreto

Dani de Azevedo é cearense, estudante de física e namora com a música. Misturando a música popular percussiva e uma pitada de rock , a cantora conversa com a Psicodelia Nordestina, movimento que surgiu na década de 70, onde um dos percursores é o pernambucano Alceu Valença, também uma das principais referências da artista. Com sua musicalidade lisérgica, Dani foge do rótulo mercantilista na arte, numa estética que vai aos limites do que é possível na música.

No seu EP de lançamento, “sonhar como os antigos que olhavam pro mar” gravado e masterizado em um app de celular no seu quarto durante o período de distanciamento social por conta da pandemia da Covid 19 e lançado pelo selo cearense Mercúrio Música, a cantora, compositora, poetisa, multi instrumentista nos surpreende com letras profundas carregadas de reflexões e ancestralidade, e com as poderosas vocalizações que lembram as nordestinas Amelinha Cátia de França e a carioca Joyce.

Os arranjos são outro destaque desse trabalho mais que intimista. Nas músicas “Cristal Vermelho” e “Dama Maldição (Matuti)”, a compositora traz uma renovação melódica à sua forte influência do violão erudito de Dilermano Reis e do espanhol Francisco Tárrega. Na faixa “Material Vivo”, a música se confunde com o folclore nordestino e o rock britânico.

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